Aqui no Brasil, nós não costumamos comemorar o Halloween como nos Estados Unidos, mas a influência da cultura norte-americana já criou uma certa identificação do feriado com aquela abóbora enorme e esculpida com um rosto.

A boa notícia é que não precisamos só do Dia das Bruxas para apreciar este alimento que marca presença por toda a extensão do continente americano! Nós brasileiros temos algumas receitas locais bem tradicionais que utilizam o alimento, como o camarão na moranga e o doce de abóbora, e que podem ser aproveitadas o ano todo.

Mais do que um rostinho bonito e objeto de decoração, a abóbora é um fruto versátil, que pode ser aproveitada em sua totalidade, desde a polpa até as folhas.

Por isso, separamos algumas informações sobre ela e contamos por que você deve incorporá-la na sua dieta. Confira abaixo!

 

O que é?

As abóboras – também conhecidas como jerimum por muita gente, principalmente por quem mora no Nordeste brasileiro – são frutos da família Cucurbiteae, próximos da abobrinha, do melão e da melancia.

Sabe-se que elas são cultivadas há mais de 7.000 anos e que existem mais de 700 espécies por aí, mas ninguém sabe afirmar com certeza seu local de origem. Nas Américas, de norte a sul, a abóbora é bastante comum e, no Brasil, já fazia parte da alimentação dos indígenas bem antes da colonização pelos europeus.

Elas são cultivadas em climas quentes e são bastante sensíveis às geadas, não podendo sobreviver a temperaturas abaixo de 10ºC. Demoram cerca de cinco meses entre o plantio e a colheita, e é entre maio e outubro que elas estão no ponto perfeito para comer.

Quando você estiver no mercado, terá opções como a moranga, que é grande, redonda e laranja; a japonesa ou cabotiá, também grande e redonda, mas de casca acinzentada; além da abóbora paulista, que é alongada e listrada, verde e laranja; e a abóbora seca, alongada, de casca lisa e laranja.

 

Dica para escolher!

Procure os frutos com a casca lisa, sem manchas e sem brilho. Além disso, não ache que as maiores terão mais sabor, confie nas pequenininhas também!

O que faz?

As abóboras são muito mais do que uma cor bonita no seu prato. Ricas em sabor, são também ricas em nutrientes e em componentes que podem ajudar nosso organismo.

Da casca à semente, ela serve como fonte de betacaroteno, vitaminas do complexo B, além de vitaminas C e E, cálcio, fibras, ferro, fósforo, potássio e gorduras insaturadas. Isso tudo a faz ser uma ótima pedida para ajudar a evitar problemas nos olhos, doenças cardiovasculares e derrames.

Além disso, o ferro e o zinco facilitam a formação adequada dos glóbulos vermelhos, dando aquele impulso no nosso sistema imunológico, e a grande quantidade de fibras pode ainda dar uma sensação de saciedade e ajudar a controlar o peso.

 

Mas, afinal, o que ela tem a ver com o Dia das Bruxas?

Há alguns séculos, os celtas esculpiam rostos em legumes e celebravam o outono colocando luzes dentro dos alimentos, com o objetivo de iluminar o caminho de suas casas para os bons espíritos.

Os irlandeses começaram a incrementar este costume e saíram contando por aí a história do fazendeiro Jack, que fez um pacto com o demônio que o deixou vagando pela terra, com nada mais do que um nabo iluminado para o guiar.

Quando os imigrantes irlandeses chegaram aos Estados Unidos, perceberam que o país tinha uma enorme produção do fruto e começaram a adotá-la como símbolo da lenda. A colheita da abóbora acontece justamente entre setembro e outubro, e assim começou a ser associada também com o Dia das Bruxas, o momento em que os mortos ganham passe livre para visitar seus entes queridos na terra, tendo como guia as abóboras esculpidas e acesas.

 

Fontes:

Superinteressante.

Blog Conquiste sua vida.

A Feira – UFRGS.