A tecnologia aumentou – e muito! – as nossas opções nos mercados. E com mais alternativas disponíveis, acabamos ficando um pouco mais exigentes em relação àquilo que consumimos.

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 70% das pessoas consultam os rótulos nas embalagens na hora da compra¹ e aquilo que leem tem uma influência importante na hora da decisão².

Procuramos frequentemente as informações nutricionais e os ingredientes dos alimentos e bebidas para ver se alguma coisa por ali chama a nossa atenção.

A presença de componentes como o açúcar ou a lactose é decisiva para a escolha de colocar ou não um produto no carrinho – mesmo para aquelas pessoas que não tem nenhuma restrição alimentar <link do Dieta sem fundamento>. E a quantidade por porção de outros nutrientes, como sódio ou proteínas, também.

Mais de um quarto dos brasileiros afirmou já ter mudado os hábitos de consumo para adequar os produtos a seu estilo de vida e sua preocupação com uma vida mais saudável e sustentável³.

Não há dúvidas de que conhecer as propriedades do que estamos consumindo é essencial para escolhas mais fundamentadas e para evitarmos certas coisas que não podemos – ou queremos – comer. Mas será que sabemos mesmo ler os rótulos?

Uma sinopse da refeição

Os rótulos em alimentos e bebidas são importantes para garantir ao consumidor a transparência da informação, característica que facilita a nossas escolhas. No entanto, ainda é comum olharmos para os rótulos e não entendermos exatamente o que tudo aquilo 19significa. De acordo com a mesma pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de metade das pessoas que leem os rótulos não sabem perfeitamente o que estão procurando.

Acontece também de nos deixarmos levar por alguns mitos – como o das barrinhas coloridas. Por isso, é importante estarmos atentos e bem informados na hora de sair por aí nos supermercados.

O que devemos ver?

A rotulagem nutricional é obrigatória no Brasil e é regulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todos os fabricantes devem seguir as regras que estão na portaria do órgão e adequar suas embalagens para atuar em benefício do consumidor.

Alguns produtos são excluídos dessa obrigação da rotulagem nutricional, como especiarias, bebidas alcóolicas, águas minerais, frutas, vegetais e carnes in natura.

Para todos os outros alimentos e bebidas, devem constar: a lista de ingredientes, origem, lote, prazo de validade, conteúdo do produto, porção, percentual de valores diários e medida caseira (medida normalmente utilizada pelo consumidor para regular alimentos, como xícaras, copos, colheres de sopa).

Também é obrigatório declarar a quantidade do valor energético (em quilocalorias – kcal – ou quilojoules – kJ) e dos seguintes nutrientes (todos em gramas): carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio.

Além disso, os principais alimentos alergênicos devem ter sua presença descrita. A partir da literatura internacional, a Anvisa mapeou dezessete substâncias – de uma lista de mais 170 que já foram consideradas alergênicas – que são consideradas as principais causadoras de reações alérgicas. Assim, produtos que contenham ingredientes como trigo, crustáceos, ovos, amendoim, ou seus derivados, devem conter uma menção ao consumidor.

Achou bastante coisa? Se quiser mais dicas de como ler os rótulos das embalagens e tomar uma decisão mais bem informada na próxima compra do mês, dê uma olhada neste outro artigo aqui do nosso blog.

 

Fonte:

¹Anvisa e Ministério da Saúde.

²Brazilian Journal of Food Technology.

³Pesquisa da Kantar.