Amanhã, dia 20 de outubro, é o Dia Mundial de Combate à Osteoporose. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo International Osteoporosis Foundation (IOF) revelou que, pelo menos, uma em cada três mulheres acima dos 50 anos são diagnosticadas com osteoporose e que três milhões sofrem com fraturas vertebrais decorrentes da doença.

De acordo com pesquisa, a prevalência deve aumentar em 14% até o ano de 2050. Os principais motivos desse aumento pairam sobre o aumento da expectativa de vida associado ao estilo de vida moderno, que dificulta a manutenção de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos e exposição ao sol.

Acompanhe a entrevista com a nutricionista Laís Aliberti sobre o assunto.

O que é a osteoporose?
A osteoporose é caracterizada pela perda de massa óssea, ou seja, é quando a estrutura óssea começa a ser degradada e fica enfraquecida.

Quais os principais sintomas da osteoporose?
Inicialmente as dores podem ser um sintoma. Já nos estágios mais avançados da doença as fraturas podem ser mais frequentes, principalmente na região da coluna e quadril.

Qual o cenário no Brasil?
Segundo estudo feito com a população brasileira, 6% dos entrevistados relataram possuir osteoporose.

Por que atinge mais mulheres?
É uma questão hormonal. Na fase de menopausa acontece uma diminuição de estrógeno, hormônio fundamental para a formação adequada da estrutura óssea.

Qual o perfil de homem que tem propensão a desenvolver a doença?
Não é comum o aparecimento em homens, mas pode ser evidenciada em casos de desequilíbrio hormonal, desnutrição, alcoolismo, entre outros.

Que alimentos são ricos em cálcio e devem ser consumidos diariamente?
O cálcio é essencial para a formação óssea e é encontrado, principalmente em lácteos e derivados. Outras fontes importantes são os vegetais verdes escuros, como a couve e folha de mostarda. Os alimentos fortificados também são ótimas alternativas, uma vez que evidências mostram que a população brasileira não consome a quantidade de cálcio necessária para a manutenção adequada da massa óssea. A sardinha e o bacalhau também são excelentes fontes de cálcio.

É recomendada a ingestão diária de:
3 porções de leite e derivados (bebida láctea, iogurte, queijos, etc.) ao dia. A bebida à base de soja fortificada com cálcio também pode ser uma alternativa
5 porções de hortaliças ao dia, dente elas as de folhas verde escura

E quanto à vitamina D?
Muito se fala do cálcio, mas com a ingestão inadequada de vitamina D é impossível ter uma massa óssea saudável, já que a vitamina D participa do processo de absorção do cálcio. Estudos mostram que a população brasileira tem um consumo bastante inadequado desta vitamina. Ela é uma vitamina lipossolúvel, encontrada em leites, carnes/peixes, ovo e produtos fortificados (cálcio + vitamina D)

Quando iniciar a prevenção?
Desde sempre. Uma alimentação saudável na infância e adolescência é essencial para que a massa óssea. Por volta dos 25 anos é quando a pessoa atingirá seu pico de massa óssea, ou seja, seu potencial máximo. A partir desta idade a alimentação adequada continua sendo importantíssima, pois apesar do pico de massa óssea já ter sido atingido, é necessária a manutenção pelo resto da vida, uma vez que o osso é uma estrutura dinâmica e vive em constante processo de degradação e formação.

Faz Bem Saber
Vale destacar que o Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária de 1000 mg de cálcio por dia para um adulto (mulheres que estejam amamentando precisam de 1200 mg/dia). Cuide da sua saúde, faça uma alimentação saudável!